sexta-feira, 4 de abril de 2008

Viagem ao Fin del Mundo. USHUAIA

Fomos ao USHUAIA no mês de março 2008. Foram mais de 12 mil km entre Argentina, Chile e Uruguai. A viagem começou em São Paulo ida e volta ao Ushuaia e terminou em Natal-RN. Até o Nordeste foram 17000km por rodovias e estradas as mais variadas.

Fizemos um registro fotográfico de mais ou menos 3000 fotos. Se tiverem paciência e curiosidade, abaixo segue o relato e uma amostra dos melhores momentos.

USHUAIA - O EXTREMO DA PROVINCIA DA TIERRA DEL FUEGO

Quase toda viagem em grupo sempre é marcada por pontos altos e baixos, exceto a que se faz só, pois a possibilidade de alterações são mínimas. Pretendemos aqui registrar os melhores momentos e guardar como experiência para os próximos os que porventura não saíram de acordo, passando a servir como ganho para melhoria das próximas viagens.
Para mim a viagem começou no dia 08/02/08 quando embarquei a moto ainda em Natal-RN na transportadora que a traria para São Paulo. Vinte dias depois eu estaria na porta da transportadora em São Paulo para juntamente com a minha esposa Andréa que tinha vindo de avião, montarmos a bagagem para começar a viagem. A moto pegou de pronto e o odômetro marcava exatos 12.060km, ali mesmo no pátio da transportadora nos equipamos e rapidamente já seguimos viagem para Curitiba.

Encontraríamos o primeiro casal que iriam conosco, o Ivan e a Helena. Ivan nos aguardavam numa KTM 990 novinha em folha.
Prontos para acelerar
de lá seguiríamos para São Lourenço do Oeste SC, onde eu iria instalar dois baús de alumínio na XT 660 confeccionado por Ynho Adventure. A expectativa se os baús dariam certo era grande.

O Ynho além de empresário também já faz longas viagens. Nos deu excelentes dicas sobre o percurso e também nos deu alguns adesivos dos Bruxos do Asfalto clube de viajantes de moto igual ao nosso.


Devidamente paramentados com as camisetas dos Cangaceiros do Asfalto.
Nunca os Cangaceiros foram tão longe...

Após um breve "city tour" com o Ivan na simpática cidade, seguimos para Uruguaiana onde encontraríamos com o terceiro casal da viagem o David e a Andressa que saíram de Laguna SC. Descobrimos o casal através do fórum no Clube XT600, soubemos que fariam essa viagem e rapidamente trocamos algumas e-mails e o casal estava incorporado ao projeto e ao grupo.

A animação feminina contaminou o grupo com brincadeiras e muito charme.Nós reconhecemos e sabemos que não é mole andar de garupa numa viagem dessa dimensão.
Até São Lourenço do Oeste tive problemas para acomodar a bagagem, que mas parecia um circo. Lá na oficina do Ynho montamos os baús que ficaram muito bem adaptados e couberam a bagagem inteirinha.
Pegamos muita chuva até Uruguaiana, mas em nada nos atrapalhou, pois estávamos com todo gás para iniciarmos a viagem. Não costumo elaborar longos projetos para as viagens que tenho feito até hoje. Normalmente não mais do que 90 dias, mas sempre os últimos 30 dias são dedicados full time aos preparativos finais, estudo dos mapas e rotas e longas conversas com os parceiros. Se você estudar muito acaba a viagem ficando sem graça. Li longos relatos de outros companheiros que fizeram a mesma viagem e as dúvidas principais já estavam tiradas.
Planos traçados, reuniões feitas e-mails trocados e estávamos prontos, ali ansiosos para comerçar-mos.
Após o câmbio e os trâmites burocráticos da fronteira,

entramos pela Região Central da Argentina através da Província La Pampa, zona que define o espírito do ”gaúcho” Argentino. São extensas planícies de grande riqueza para a produção agrícola e bovina. É a conhecida ”pampa” com seu horizonte sem fim, que convida a ser percorrida livremente em nossas motocicletas explorando seus limites. Basicamente é o coração do país com seus casarios de finais do século XIX onde hoje abriga boa parte do turismo do campo. Sua variada arquitetura segue estilos diversos do colonial hispano ao clássico francês a maioria serve como alojamento para o turismo. Mais para o noroeste surgem as serras de Córdoba.

Fizemos um breve incursão pela mesma que alcançou até 2.790 metros de altura no Cerro Champaquí. Os vales férteis e alguns lagos secos é um exemplo da paisagem. Nesse trecho encontramos um grupo de motociclistas que estavam fazendo um passeio até Mendoza.
Nossa meta era cortar os pampas Argentinos até Mendoza

por Córdoba, acabamos dormindo em Carlos Paz. As estradas com retas infindáveis, duplicadas mas extremamente cansativas e monótonas. Mendoza recostada sobre a Cordilheira dos Andes, cincundada pelas províncias de La Rioja, San Juan, San Luis, tem a característica de ser a região produtora dos melhores vinhos argentinos. Nessa região está o pico montanhoso mais alto das Américas o Aconcágua com seus (6959 metros de altura). Paramos na entrada do Parque, mas não tivemos fôlego para fazer o grande percurso por suas trilhas até o mirante, pois não estávamos aclimatados a grandes esforços naquela altitude e a cabeça sentiu um pouco. Fizemos algumas fotografias e tocamos para frente.

Sempre com muito cuidado nas curvas fechadas, pois os caminhões deixam um rastro de óleo diesel bem no meio das curvas, proporcionando um perigo eminente para quem está de motocicleta. Outra característica dessa região é a ocorrências de um dos maiores acervos paleontológico das Américas.
Nosso primeiro jantar com certeza aproveitamos a oportunidade para degustar os bons vinhos da região como Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Malbec, entre outros.
Passando esta região continuamos a atravessar a Cordilheira dos Andes


com sua monocromia estradas sinuosas e túneis num visual exuberante e gigantesco. Já do lado Chileno o grande impacto visual dos Caracoles, uma belíssima descida numa seqüência de curvas fechadas de alto risco em forma de oito.

Estava ventando muito, mas a parada é quase que obrigatória para as fotos. Seguimos até Valparaiso e Vina Del Mar,

depois de uma longa perigrinação conseguimos um bom hotel bem próximo do centro. Já havíamos parado em um bar para tomar uns “cortados” e resolvemos by passar o jantar. No dia seguinte continuamos descendo para o sul do Chile pelos arredores de Santiago (muito embora estivesse no programa entrar, prevaleceu o consenso e contornamos. Não me perdôo de ter privado os demais de conhecer a cidade.) seguimos descendo o Chile em direção a Porto Varas.

Com exceção da visita a Santiago o cronograma transcorreu de acordo e chegamos em Porto Varas onde pernoitamos num chalé e a noite provamos do ótimo Tajarin à Carbonara feito pela Andressa. A previsão seria passar no mínimo dois dias, mas mudamos de plano e tocamos a viagem.
No dia seguinte subimos para o Parque do Vulcão Osorno que nos privilegiou com uma belíssima paisagem,



uma das surpresas da viagem.

De lá descemos para contornar o Lago Llhanquinque onde saboreamos uma excelente "Trucha a la plancha com alcaparras e arroz almendrado".

Seguimos para a cidade de Osorno, pela belíssima estrada que contorna o Lago Llhanquique.
Deveríamos ter seguido para Porto Octay e de lá já seguir no dia seguinte para Bariloche, tínhamos informações que o trecho possui excelentes pousadas. Seguíamos Ivan, e quando nos demos conta já estávamos em Osorno. A cidade em sí não tem muito o que oferecer, e acabamos dormindo numa pousada fraquinha mas confortável. No dia seguinte regulamos as correntes das motos e tocamos através da região dos lagos andinos para chegarmos a

belíssima e badalada Bariloche. Efervecente nessa época do verão, pois os passeios e a night nos convidam a um bom vinho.



A chegada a Bariloche apesar de está programada para ser maior, acabou sendo de fato obrigatória, pois cheguei com o pneu dianteiro baixando e era domingo, não havendo gumeria aberta. Nesse interim em que eu estava num Posto BR esperando o pessoal que estava circulando na cidade a procura de pousada, encontrei um ciclista que ficou conversando comigo. Felipe Besné, como muitos dizem que somos loucos quando fazemos uma viagem dessa em motocicleta, imaginem o cara fazer de bike! pois é o tal Felipe tinha saido do México, desceu até o Ushuaia e estava voltando. Gastou 45 dias do Ushuaia até Bariloche, mais ou menos 2.000km de rípio e vento. Me contou ele que por três vêzes literalmente o vento chegou a joga-lo fora da pista. Vejam o site do cara
www.biciensudamerica.blogspot.com
Mas vamos a nós, o problema do meu pneu só foi resolvido na segunda-feira na gumeria do simpático Sr. Luiz Beltran , Tel 422988 Barrio Nireco, Bariloche que com muito orgulho fez questão de me mostrar várias fotografias de outros viajantes que por ali passaram em suas possantes BMWs.
A região de Bariloche está situada ao sul do Rio Colorado e se divide em duas sub-regiões: constituída por cadeias montanhosas por vales, bosques, lagos e geleiras, a segunda, uma gigantesca região, constituída por serras, desertos, depressões, infinitas estepes e amplos vales fluviais. Alguns trechos encontrávamos pequenos lagos ressecados com depósitos de sal.

Um circuito especialmente dotado de beleza é o denominado “Ruta de los 7 Lagos” para viajar desde Junín de los Andes até San Carlos de Bariloche fizemos o trecho sem travessias pelos lagos, já que a contemplação pelas estradas também é um ótimo espetáculo. Muitas paradas para fotografia e admirar aquelas águas de um azul quase surreal.

Seguimos descendo pela Patagônia que compreende La Pampa, Neuquén, Rio Negro, Chubut, Santa Cruz e Tierra del Fuego.

Todas com enormes belezas de paisagens, grandes distâncias e pouca densidade populacional. Um dos principais destaques e a cordilheira com suas belas montanhas, bosques, lagos de águas cristalinas, geleiras milenares e uma rica variedade de fauna.

Chegamos a ver grandes rebanhos de Guanacos ariscos e desconfiados mas as vêzes isolados.

Entre as montanhas da cordilheira dos Andes e o oceano Atlântico, as áridas mesetas varridas por incontroláveis ventos de até 80km, encerram em seus vales muitas riquezas naturais e culturais.

Os ventos de até 80Km/h nos obrigava a pilotar inclinados. Era muito estranho ver as motocicletas a nossa frente inclinadas num ângulo de até 30º. Essa condição tornava as ultrapassagens extremamente difícies o que exigia muito dos pilotos. O risco de ser-mos jogados para fora da pista era contante. Centenas de quilômetros assim, tanto na ida quanto na vinda.

Na província de Santa Cruz os maiores atrativos são os grandes tesouros dos Bosques Petrificados e o Glaciar Perito Moreno. Demos maior atenção ao segundo, ficando o bosque só nos postais. Tem-se a considerar as distâncias onde uma entrada e saída para uma determinada visita demanda de tempo contra o qual corríamos. Nossa meta era chegar ao Ushuaia e as distâncias eram consideráveis.




A província de Chubut há também tesouros culturais bem conservados, como as localidades do Gaiman e Travelín essas também foram preteridas. Nessa região os descendentes dos colonos galeses do final do século XIX ocupam-se de manter vivas as tradições de seus antepassados.
No extremo sul da América do Sul, está a cidade do Ushuaia. O maior ícone dos grandes viajantes.

Chegar ao Ushuaia por terra em viagem de motocicleta é um sonho para o curriculum de qualquer grande aventureiro. São longos trechos onde em alguns lugares as distancias nos obriga a carregar alguma reserva de gasolina para reabastecimento.


Encontramos viajantes do mundo inteiro nesse trecho.


Entre as visitas obrigatórias estão o Museu do Fim do Mundo no antigo Presídio
e o Trem do Fim do Mundo que chega até o Parque Nacional Tierra del Fuego.

No parque carimbamos nosso passaporte no último correio do mundo com o Sr. Carlos, figura já conhecida pelos aventureiros do Parque da Tierr del Fuego em seus diversos relatos.
A vegetação da Patagônia inclui o deserto,


a estepe, a tundra, a floresta fria e os bosques austrais, uma grande extensão da Patagônia está protegida pela criação de pelo menos 12 parques e reservas nacionais



os quais fica quase impossível visitar numa viagem de apenas um mês. Os grandes deslocamentos até estes Parques, normalmente são em rípio,

o que exige uma maior atenção e avaliações constantes.


Ainda bem que não fomos numa época muito fria, pois fatalmente teríamos congelado, nenhuma luva ou protetor para as mãos resolve o problema do aquecimento. Talvez a melhor solução fossem manoplas aquecidas.
Mesmo no verão, são comuns as geleiras gigantescas, montanhas, lagos e rios formados do degelo,

contrastando com paisagens pampeanas, desertos e bosques de árvores típicas da floresta úmida como alerces e araucárias centenárias.
Não tivemos nenhum problema no Chile tampouco na Argentina a acolhida ao turista é hospitaleira, qualidade que se ressalta no homem do interior acostumado à vida isolada em razão das grandes distâncias. Percebemos isso quando tivemos que usar as ferramentas de uma pequena oficina localizada a margem da Ruta para fazer o reparo da corrente do David.

Os hábitos do homem pampeano, representado no Brasil pelo gaúcho, presente no Rio Grande do Sul e em partes de Santa Catarina e do Paraná, adentra Argentina em direção ao sul até os confins da Terra do Fogo, mesclando-se com descendentes de imigrantes europeus e a cultura indígena.
O viajante pode ser convidado a sentar-se numa roda de chimarrão localmente chamado de mate, representando não só a bebida nacional como também um franco e representativo sinal de hospitalidade. Isso ocorreu comigo, quando em San Julian tive que trocar um retentor da suspensão dianteira,
o chimarrão praticamente foi servido durante todo o serviço.
Bom, mas retomando o assunto depois da cultura geral. Seguimos pela Rota 40 até Esquel de onde após um pernoite em Governador Costa, cidadezinha no meio do nada, seguimos viagem no dia seguinte. Novamente um ajuste no roteiro. Deixamos que opiniões diversas de pessoas alheias ao grupo contaminassem as nossas e por censo comum optamos por evitar parte do trecho da Ruta 40 que ia a Bolson e El Chatein talvez o mais difícil da viagem. Os comentários eram que o trecho era super difícil e perigoso. Acabamos por ponderar por vários motivos, excesso de peso, garupas e pneus. As notícias eram que além do rípio que já é difícil, esse estava em péssimas condições de conservação, prevaleceu à razão. Mas tarde já no Brasil, fui rever os meus relatos catalogados e pude verificar que boa parte do trecho de Esquel até El Calafate já está asfaltada, porém nos mapas ainda não aparecem. Seguimos para o litoral a partir de Rivadavia para mais à frente entrarmos na Ruta 09 em direção a El Calafate. Novamente o rípio, foram 200km de belas paisagens que praticamente nem notamos quando percebemos já estávamos no final.














Um pequeno incidente nesse trecho cortou o motor da minha moto, após uma análise percebi que uma pedra tinha partido o fio que corta a ignição junto à chave do descanso lateral,

jampiei o fio e tudo resolvido seguimos em frente. Nesses trechos de rípio, e recomendado manter uma certa distância um do outro, pois as pedras são inevitáveis. Por várias vezes recebi pedradas sem grandes conseqüências.

Finalmente chegamos em El Calafate. O visual é deslumbrante a cidade tem um charme todo especial.

Em El Calafate

entre as opções existentes, optamos por um passeio de catamarã ao Glaciar Moreno,




A primeira visão do Glaciar, não se tem noção da grandiosidade. Só percebida mais tarde quando comparada com o catamarã próximo a mesma.


Este não é o principal passeio ao Glaciar, mas dá para se ter uma visão geral de como são os glaciares do parque. O frio intenso nos obrigou a comprar alguns acessórios de uso quase que obrigatório. Não estávamos preparados para temperaturas tão baixas.



Em seguida fomos visitar o Mirador que nos presenteou com uma linda vista panorâmica do Glaciar Perito Moreno, uma das mais belas imagens que já vi.


O show de visual foi na realidade quando chegamos ao Mirante. Pagou o ingresso!





Saímos de El Calafate desta vez por asfalto até Rio Gallegos, onde troquei a minha corrente secundária que já mostrava sinal de desgaste. No dia seguinte seguimos em direção a travessia do Estreito de Magalhães,

onde novamente entraríamos no Chile e rodaríamos mais uns 100 quilômetros de rípio até a fronteira da Argentina. Daí em diante teríamos que chegar ao Ushuaia, pois teríamos poucos pontos de apoio e a temperatura estava baixando rapidamente e o frio congelante nos pegou de surpresa.
Finalmente chegamos e por coincidência a primeira pousada que pesquisamos foi a que deu certo, pois as demais ou estavam cheia ou os preços não estavam compatíveis com o nosso bolso nem com a média que vinhamos praticando. Hospedados descansamos e no dia seguinte fomos aos passeios do Parque, Presídio, Canal de Beagle e arredores,





umas comprinhas que ninguém é de ferro e saborear-mos umas boas doses de pisco e petiscar a excelente Centoulla


(enorme caranguejo marinho)prato característico da gastronomia fueguina.
Depois de três dias todas as fotos tiradas inclusive a do portal do Ushuaia,

começamos a voltar. A opção foi mais litoral, do lado Atlântico. Marcamos para sair bem cedo, não esperávamos que o frio fosse tão intenso e sentimos isso apenas nos primeiros quilometros. Nada impedia de nossas mãos literalmente congelarem, nada! nem umas luvas poderosas (de esquiador)que eu tinha comprado escorou o frio. Estávamos numa gelada!

Pegamos temperaturas variadas, que iam desde + 2º com a sensação térmica de -2º em deslocamento e outras bem mais altas e com chuvas. As chuvas foram ocasionais, mas quando ocorreriam eram contínuas.
Neste litoral a pesca, a pecuária, a lã, as frutas e o petróleo são os principais produtos da região, além do turismo.

O litoral é famoso por reunir algumas das maiores colônias de pingüins do mundo. Após a visita a nau de Fernando de Magalhães,

tivemos a oportunidade de fazer um passeio na baía de San Julian ao local de desova dos pingüins, onde praticamente se anda ao lado deles tranqüilamente a menos de um metro



e essa região além de ser santuário para reprodução de baleias, lobos marinhos é também berço de reprodução de uma enorme variedade de pássaros.

Nesta oportunidade visitamos a réplica em tamanho natural da Nau Victória que aportou em San Julian com apenas 19 homens desnutridos e doentes dos 75 que sairam da Espanha na expedição de Hernando de Magalhães.
Não conseguimos observar a grande diversidade que reina na Península Valdez (a pressa interferiu e a temporada não era apropriada) deixamos de ver a baleia franco austral que compartilha as águas com orcas, lobos e elefantes marinhos, pingüins e golfinhos. Novamente voltamos a nossa rotina diária, grandes e monótonos deslocamentos com muito vento lateral e muito deserto. No entanto não poderíamos deixar passar essas lindas melancias a venda na beira da estrada.

Tivemos problema na corrente secundária da moto do David como já relatado anteriormente, mas foi resolvido na estrada sem grandes atropelos. Em Buenos Aires, fizemos uma parada técnica para revisão de raios troca de pneus, todos já em péssimo estado e também para passeios pela Rua Florida, Shopping e shows de Tango.



Dois dias depois seguimos mais light para o Uruguai atravessamos pelo Boquebus até Colônia de Sacramento, Montevideo e Punta del Leste


de onde seguimos até o Chuy. Lá o grupo se dispersou, pois eu teria que embarcar de avião para o Rio e os demais companheiros vieram até Laguna SC, o David já em casa voltando a sua rotina e o Ivan faria um deslocamento até São Paulo onde embarcaria a moto para Natal. Eu optei por deixar a moto em Porto Alegre e seguir a partir do 10/04/08 para Natal RN rodando mais uns 4.800km. Portanto a minha viagem só terminaria 10 dias depois.
Aproveitei para passar na casa de um colega de trabalho no Rio Grande, onde está envolvido num novo projeto da Petrobras e depois

passei dois dias na casa do colega Cascaes em Pelotas onde fomos recepcionado com um excelente churrasco de costela, e o arroz carreteiro do dia seguinte que Andréa gostou tanto que repetiu.

O roteiro da viagem e as cidades de pernoite segue na ordem abaixo:
Dia 28/03/08 São Paulo
Dia 29/03/08 Ponta Grossa
Dia 01/03/08 Frederico Westphalen
Dia 02/03/08 Uruguaiana
Dia 03/03/08 Carlos Paz AR
Dia 04/03/08 Mendoza AR
Dia 05/03/08 Vina Del Mar
Dia 06/03/08 Lalarras
Dia 07/03/08 Porto Varas
Dia 08/03/08 Osorno
Dia 09/03/08 Bariloche
Dia 10/03/08 Governador Costa
Dia 11/03/08 Porto San Julian
Dia 12/13/03/08 El Calafate
Dia 14/03/08 Rio Gallegos
Dia 15/16/17/08 Ushuaia
Dia 18/03/08 Rio Gallegos
Dia 19/03/08 Porto San Julian
Dia 20/03/08 Punta Leon (Rawson)
Dia 21/03/08 Baia Blanca
Dia 22/03/08 Canuelas
Dia 23/24/03/08 Buenos Aires
Dia 25/03/08 Montevideo
Dia 26/03/08 Chui
Fiz uma pausa para voltar ao trabalho e a partir do dia 10/04/08 reiniciei a viagem de mais 4.300km a partir de Porto Alegre para Natal. Desta vez sozinho e com poucas paradas.

2 comentários:

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